Mogi sobe no ranking de negócios
NotíciaMogi das Cruzes sobe no ranking das 100 melhores cidade para se investir em negócios
Enquanto o Brasil ainda vive os reflexos da crise político-financeira que se instalou no país deste 2015, Mogi das Cruzes conseguiu avançar no ranking das 100 melhores cidades para investir em negócios, com população acima de 100 mil habitantes. Em 2017, o município ocupava a posição 84. No ano seguinte alcançou a colocação 75 e, neste ano, figurou no 68º lugar. O estudo foi publicado pela revista Exame da última semana e traz o levantamento feito pela consultor Urban Systems com base em indicadores sociodemográfico, econômico, de saúde, educação, financeiro, transporte e infraestrutura. O resultado final de Mogi é 10,26 em uma pontuação que vai até 26 pontos possíveis.
No texto que a revista publica junto aos números do levantamento, ela destaca que as melhores cidades para se fazer negócio são aquelas que mantiveram os investimentos em políticas públicas e souberam explorar os potenciais. Na área da saúde, por exemplo, que é um dos indicadores analisados, as 10 melhores cidades investem cerca de R$ 909l00 per capita anualmente.
O nível de Mogi fica abaixo do esperado até para as 100 melhores cidades, que fica na média de R$ 822,00.Isso porque na divisão dos R$ 310 milhões destinados ao setor neste ano, pelos 445.842 habitantes, segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o resultado por morador fica em R$ 695,31.
Já quando analisada a educação, que tem como base R$ 877,00 para as 10 melhores, R$ 747,00 para as 100 e R$ 392,00 como média do Brasil, Mogi encosta no melhor grupo, com R$ 859,00 de destinação ao setor, per capita.
A publicação traz ainda a quantidade de municípios por região do país. O sudeste lidera com mais da metade: 55 cidades. Seguido pelo Sul, com 24, Centro-Oeste com nove, Nordeste tem sete e Norte com apenas cinco. Entre as 100 melhores, 62 avançaram no ranking, 35 recuaram e três se mantiveram na mesma posição de 2018.
São Caetano do Sul ficou no primeiro lugar na avaliação deste ano, sobretudo pelo desempenho na expansão de setores de saúde e construção, que conseguiram elevar o nível da cidade, mesmo com a perda de emprego no setor automotivo, que reduziu os postos de trabalho de 9,9 mil para 1,1. Em segundo lugar ficou a capital do Espírito Santo, Vitória, que no ano passado ocupou o primeiro lugar. Em terceiro se manteve a capital paulista.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Clodoaldo de Moraes, a Prefeitura tem feito a lição de cada quando cria várias ações para fomentar o crescimento, como a Sala do Empreendedor, que desburocratiza a abertura de empreendimentos na cidade, além de fazer diversas ações a fim de atrair investidores.
“Mesmo diante da crise, todas as ações que a gente tem feito com a Europa, China, Espanha, de apresentar a cidade, vai render frutos a longo prazo. E estamos também ao lado do Ciesp, Sincomércio, universidades da cidade, Senai e Sebrae, são todas ações que têm contribuído para crescermos com capacitação”, detalhou.
Moraes avaliou ainda que a expectativa é de que a cidade continue crescendo no ranking, sobretudo porque diversos anúncios para o setor de saúde foram realizados neste ano, entre eles a Unidade de Pronto Atendimento de Jundiapeba, a Clínica do Homem, no Rodeio, e a construção da Maternidade Municipal. “A nossa educação é referência e a saúde também é um dos nossos diferenciais, tanto que atrai pacientes de todas as cidades da região. Mogi é hoje a melhor cidade do Alto Tietê para se viver”, destaca.
Nenhum outro município do Alto Tietê apareceu na lista. Dos mais próximos, à frente de Mogi estão Jacareí (51º), São José dos Campos (24º) e Santos (5º).