Vereador participa de Seminário de Políticas Públicas da UMC

10 de junho de 2013

Parlamentar prestigiou evento realizado na Universidade de Mogi das Cruzes e promovido pel Grupo de Pesquisa Políticas Públicas.

O vereador Juliano Abe (PSD), presidente da Comissão Permanente de Urbanismo e Meio Ambiente (CPUMA) da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, participou na semana passada do 2º Seminário de Políticas Públicas promovido pelo Grupo de Pesquisas em Políticas Públicas (GRUPPU) e o curso de Mestrado em Políticas Públicas da Universidade de Mogi das Cruzes. Os temas versados no evento envolveram diferentes aspectos sociais, desde meio ambiente, cultura e direitos humanos.

Dentre os objetivos do Seminário, destaca-se a promoção e a reflexão sobre as políticas públicas no cenário regional e a forma como elas repercutem nesse processo de mudança de classe. “Vamos estudar a diversidade e os contextos sócio-político-econômicos e culturais da região. A ideia é que, com o tempo, o fórum se torne permanente para a discussão sobre as políticas públicas, não apenas regionais, mas também nacionais”, explica Luci Bonini, coordenadora do curso de Mestrado em Políticas Públicas da UMC.

Juliano Abe relembrou o excelente trabalho realizado pela UMC no campo das ciências políticas nos 50 anos de existência desta importante instituição de ensino na cidade, desde a fundação da Organização Mogiana de Educação e Cultura (OMEC) em 1962, inclusive com a participação ativa de seu idealizador e fundador, o chanceler Padre Manoel Bezerra de Mello, que exerceu o cargo de prefeito da Cidade por dois anos. “É bom destacar também o excelente trabalho realizado pela professora Luci Bonini, coordenadora do curso de Mestrado em Políticas Públicas da UMC que auxilia no estudo da diversidade sócio-política da Cidade e as vertentes nas áreas de economia e cultura”, afirmou o vereador.

O parlamentar integrou a bancada na mesa redonda “Direitos Humanos: A Criança e o Adolescente no Brasil”, que contou com a presença do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Antonio Carlos Malheiros. Também participaram da mesa de debates, além do desembargador e de Juliano Abe, Luci Bonini, mestra e doutora em Comunicação e Semiótica; a professora Maria de Lourdes Colacique da Silva Leme, coordenadora do Curso de Direito da UMC; e a pediatra Janete Nagasawa, que representou a Prefeitura de Mogi das Cruzes no evento.

No debate, o desembargador Malheiros compartilhou da sua experiência profissional, na qual lida diretamente com a realidade das ruas – da drogadição infantil, da criminalização dos jovens e da desestruturação das famílias. “A discussão e criação de políticas públicas para crianças e adolescentes é um processo lento, que dá frutos somente em longo prazo. Quem trabalha com essa área, em algum ponto da carreira se depara com alguma situação terrível, como a de encontrar uma criança na rua com as mãos sangrando, doente e desamparada. E nesse momento, surge o pensamento de que tudo aquilo é demais, que não podemos fazer nada para ajudar. Mas, no meu caso, esse foi também o momento em que eu prometi não desistir. Salvar uma pessoa é salvar o mundo,” afirmou Malheiros.

O vereador Juliano Abe levantou uma questão polêmica da atualidade: a ideia do “padrão familiar”. Para o parlamentar é o momento de quebrar paradigmas e vencer preconceitos. “Algumas famílias são formadas de pai, mãe, filho e filha. Outras têm só uma avó. Algumas, até mesmo por dois pais ou duas mães. Assim que a sociedade aceitar essa realidade, nossas crianças e jovens terão mais chances de viver em famílias fortalecidas e longe dos perigos da rua”, disse Abe durante o evento, que reuniu centenas de estudantes, professores e profissionais de várias áreas no Centro Cultural da UMC. E complementou: “Celebramos um dia importantíssimo hoje, ao debatermos ao lado do ilustre desembargador Antonio Carlos e dos demais colegas da mesa, mas especialmente, com a participação dos jovens, graduandos da Universidade de Mogi das Cruzes, e alunos do curso técnico da ETEC Presidente Vargas. A preocupação com os direitos da criança e do adolescente, notadamente, neste momento que tanto se discute a alteração da maioridade penal, a violência que a sociedade submete nossas crianças e adolescentes, a incursão descontrolada dos menores ao crack, e às drogas. Estamos diante de uma missão. O desafio local, o desafio de nossa cidade e das cidades de nossa Região deve se concentrar em políticas públicas voltadas à prevenção, e às alternativas de recuperação. A repressão que coloco como medida necessária sim, em determinadas situações, não deve ser o enfoque dos trabalhos da Municipalidade, mas sim, do Poder Judiciário, do Executivo Estadual e Federal e do Legislativo Federal. Buscar incessantemente a inclusão de mais e mais crianças nas creches e no ensino infantil e incrementar o número de escolas com ensino de período integral e integrar essas políticas educacionais às ações que promovam, e reconheça os atuais núcleos familiares devem estar no centro dos trabalhos de nossa Mogi.”

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