Mobilização para trazer Cravi a Mogi

2 de maio de 2017

A pedido do vice-prefeito e da secretária Neusa Marialva, deputada Keiko Ota inicia os trabalhos para viabilizar instalação do Centro de Referência e Apoio à Vítima na Cidade

 

Secretária Neusa, Juliano e Keiko Ota: trabalho conjunto pró-Cravi mogiano

 

Mogi das Cruzes pode ter um Centro de Referência e Apoio à Vitima (Cravi), um núcleo multiprofissional especializado em oferecer atendimento público gratuito a pessoas que sofreram com atos de violência. Essa é a expectativa do vice-prefeito Juliano Abe (PSD) e da secretária municipal de Assistência Social, Neusa Marialva, que pediram a ajuda da deputada federal Keiko Ota (PSB-SP) para viabilizar a unidade.

A parlamentar visitou Mogi no final da semana (28/04/2017), a convite de Juliano com quem tem proximidade e um histórico de apelos atendidos, como a destinação de R$ 600 mil do governo federal à Cidade. Trata-se de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Do total, R$ 100 mil permitem custear a capacitação da Guarda Municipal para atuar na Ronda Maria da Penha, iniciativa do vice-prefeito enquanto vereador. Outros R$ 250 mil bancam a adequação de calçadas e canteiros centrais em dezenas de vias. O valor restante deve garantir obras de acessibilidade nas imediações da sede mogiana da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O projeto municipal está em análise no Ministério das Cidades.

Keiko recebeu a solicitação do Cravi depois de participar, na sexta-feira (28), da 2ª Ação Comunitária em Defesa dos Direitos da Mulher, promovido pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Jardim Layr, na sede da Congregação das Irmãs Ursulinas da Sagrada Família, localizada no Conjunto Santo Ângelo. O Cravi é um programa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, criado em julho de 1998 pelo governo paulista. A deputada tem um expressivo trabalho na multiplicação de unidades. Com emendas parlamentares e gestões junto ao Estado, conseguiu ampliar de um para nove o número de centros no Estado.

“Tenho amizade com o Juliano que me mantém informada sobre as necessidades de Mogi e pede recursos financeiros do governo federal para investimentos na Cidade. Vamos trabalhar para trazer um Cravi, porque a estrutura é fantástica, imprescindível aos mogianos e ajuda demais as vítimas de violência, assim como seus familiares”, observou Keiko.

Proporcionando atendimento público e gratuito a vítimas de crimes violentos e seus familiares, o Cravi dispõe equipe interdisciplinar de triagem, especializada em receber, selecionar e encaminhar os usuários para a rede ou serviços relacionadas a suas demandas, assim como um time interdisciplinar de assistência especializada em  acolher, atender, informar e orientar vítimas e seus familiares nos casos de crimes de homicídio, latrocínio e ameaça. Cada centro é formado por estagiários do Ministério Público, psicólogos e assistentes sociais para atender média de 70 a 120 casos por mês.

A ideia de Juliano e Neusa é que a Cidade obtenha recursos financeiros para instalação e manutenção de um Cravi. Segundo Keiko, o objetivo é conseguir que as vítimas se conscientizem de que é possível transformar a dor e, no futuro, auxiliar outras pessoas que sofreram traumas semelhantes, formando grupos de autoajuda.

O Cravi disponibiliza espaço sigiloso e acolhedor para apoiar, escutar e cuidar do sofrimento causado pela violência, como prevê o programa que, por meio de uma série de ações, busca facilitar o acesso a informações, orientação jurídica e serviços públicos. A assistência às vítimas ajuda no desenvolvimento de recursos psíquicos que estimulem atitudes positivas diante das consequências da violência e promova a reconstrução de laços sociais, a confiança na Justiça e o exercício da cidadania. O Cravi também realiza oficinas abertas para o público sobre temas correlatos. “Seria fundamental contar com uma estrutura assim na Cidade e acredito que a deputada é a pessoa indicada para nos ajudar na concretização do projeto”, comentou o vice-prefeito.

Além de comparecer ao evento do Cras Jardim Layr e de se reunir com Juliano na Prefeitura, Keiko também participou de um encontro com entidades assistenciais na Apae mogiana. Ela viu de perto o quanto são necessárias as obras para garantir acessibilidade no entorno da instituição. O benefício é o objetivo da emenda de R$ 250 mil, elaborada por ela a pedido do vice-prefeito, que foi autorizada pelo governo federal para repasse a Mogi, bastando apenas a aprovação do projeto municipal, em análise no Ministério das Cidades. A deputada visitou a Cidade em companhia do marido, o vereador paulistano Masataka Ota (PSB).